Vanduzi cria centro de acolhimento para vítimas dos ataques em Cabo Delgado
Os conflitos terroristas em Cabo Delgado, que já perduram mais de três anos, ainda continuam a deslocar vítimas que a todo custo procuram se salvar, uns percorrendo milhares de quilômetros até a capital Pemba e outros viajam um pouco por todo país em busca de abrigo.
As províncias de Manica e Zambézia são as que mais recebem os deslocados na zona centro.
Ao todo, segundo o Universitário, estão albergados no centro de acolhimento improvisado de Chigodore, no distrito de Vanduzi, 24 membros compostos por quatro famílias.
Gilda Faruque e Pedro Mussa, deslocados dos ataques em Cabo Delgado, contam o drama vivido na fuga dos terroristas e declaram que não tem sido fácil digerir a situação porque as imagens da guerra ainda estão nas mentes.
"Eu saí de Mocímboa da Praia por causa da guerra, consegui chegar a Moeda, onde apanhei transporte, que me levou a Chimoio, daí o meu irmão levou-me até aqui ", explicou Gilda, que actualmente vive numa tenda improvisada, com seus doze filhos.
O Administrador e Vanduzi, João Pedro Amade, deu a conhecer que o Governo, ao nível distrital, disponibilizou para as famílias tendas, alimentação, produtos de higiene e limpeza, bem como cobertores, para poderem recomeçar a vida, e pediu a sociedade para que possam ajudar as vítimas no que puder, sendo que, até o momento, os apoios apenas são provenientes das autoridades governamentais e o sector privado.
O centro de acolhimento improvisado de Chigodore não dispõe de psicólogos e sociólogos para ajudar aos deslocados na sua inserção social, uma vez que carregam trauma e melancolia dos conflitos em Cabo Delgado.
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